sexta-feira, 16 de novembro de 2012

2- Rua do Bonjardim (Antiga Estrada de Guimarães)


Hoje vou dar a conhecer uma das ruas mais antigas da cidade do Porto.


Rua do Bonjardim- Troço da Antiga Estrada de Guimarães
"da Porta de Carros ao Largo da Aguardente".
 
No seu percurso cruza-se com Ruas, Pátios, Praças, Largos e Travessas, tais como: Rua de Sá da Bandeira; Rua de Sampaio Bruno (Antiga Travessa de Sá da Bandeira); Rua de Magalhães Lemos (que nasceu do plano de urbanização do Bairro do Laranjal); Praça de D. João I; Rua de Rodrigues Sampaio (Antiga Rua do Paraíso); Pátio do Bonjardim; Travessa do Bonjardim (Antiga Viela dos Tintureiros); Rua de Guilherme da Costa Carvalho (Antiga Cancela Velha); Rua Formosa (Antiga Viela da Fonte da Neta); Rua do Estevão; Travessa das Liceiras; Rua de Fernandes Tomás; Rua do Alferes Malheiro (Antiga Rua de Liceiras); Rua Guedes de Azevedo (Antiga Rua de Fradelos); Largo Dr. Tito Fontes (Antigo Largo do Bonjardim); Travessa do Alferes Malheiro; Rua de Gonçalo Cristóvão; Rua de Raúl Dória (Antiga Travessa das Musas, Antiga Viela das Musas e Antigo Beco das Musas); Rua Dr. João das Regras (Antiga Rua do Duque do Porto); Rua das Musas (já existia em 1777, com o nome de Monte da Musa "acima de Fradelos"); Rua do Bairro Leal; Rua de Olivença; Rua do Paraíso (Antiga Travessa da Senhora da Lapa); Rua de Santa Helena; Rua de João de Oliveira Ramos; Rua de João Pedro Ribeiro e por fim a Praça do Marquês do Pombal (Antigo Largo da Aguardente).

O Bonjardim
 

"...O Bonjardim é um velhos toponómios portuenses que recordam a paisagem rústica às portas da cidade, em tempos ainda agora não muito recuados. O "lugar do Bonjardim, em Liceiras", vem mencionado no testamento do bispo D. Vicente Mendes, em 1296. Passou à posse do Cabido, que em 1427 o emprazou ao arcediago do Porto, Diogo Anes..."

"... Com a designação de quinta foi depois um vínculo da família Pereira Pinto; de um dos administradores, Gonçalo Cristóvão Teixeira Coelho de Melo Pinto de Mesquita, vem o nome da actual Rua de Gonçalo Cristóvão..."
Casa e quinta estão referenciadas na planta do Bairro dos Laranjais, de cerca de 1760, e na de Balck, de 1813. Situava-se no troço superior da rua.
Ao Largo que forma a Rua do Bonjardim ao chegar à de Gonçalo Cristóvão, chama-se hoje do Dr. Tito Fontes, em homenagem a um médico ilustre, que toda a cidade conheceu e respeitou.
Para terminar é preciso dizer que a estreita e tortuosa artéria de que nos ocupamos, era a primitiva estrada, se não romana, pelo menos medieval, que saindo do Porto pelo postigo, depois Porta de Carros, levava, pela Aguardente (Praça do Marquês do Pombal) e Cruz das Regateiras (Hospital do Conde Ferreira), a Guimarães e outros lugares além.
Antes da abertura do primeiro troço de Sá da Bandeira, começava frente àquela Porta, junto da Igreja dos Congregados.
E diremos ainda que a actual Travessa do Bonjardim era a antiga Viela dos Tintureiros – naturalmente porque em algum tempo nela arrariam os deste ofício."
(toponímia portuense – Eugénio Andrea da Cunha e Freitas)
 
 
 
"Até 1836 a área da cidade compreendida entre as ruas de Santa Catarina a leste, e do Laranjal a poente; e entre a igreja dos Congregados a sul e o começo da Rua Formosa, à Cancela Velha a norte,possuía apenas duas ruas e algumas vielas. As ruas eram a de Santo António e a do Bonjardim; as vielas eram: As várias: Vielas da Neta, a Viela das Pombas, a Viela dos Tintureiros e a Viela dos Congregados. Estas vielas foram destruídas na totalidade ou em parte para abrir as ruas actuais. A Rua Sá da Bandeira começou a ser rasgada em terrenos da cerca dos Congregados, em 1836 para estabelecer uma ligação entre a Praça de D. Pedro e a Rua do Bonjardim, esse troço é o que hoje se chama Rua Sampaio Bruno! Só 7 anos depois, em 1843, se começaram a construir casas. As primeiras têm as traseiras voltadas para a Viela dos Congregados".


Era aqui que iniciava a Rua do Bonjardim (desde 1842 que faz parte da Rua de Sá da Bandeira, )
 
"(...)Os prédios que faziam parte da referida rua eram, na sua maioria ocupados por cafés, restaurantes e hotéis. Do lado direito haviam os cafés Portuense, Braga e Moreira, o Novo Hotel Portuense e o Hotel Real. Este era no local onde hoje [1948] está instalado o Peninsular Hotel.
 


Em tempos idos, já bastante recuados, à porta do Hotel Real faziam estação os almocreves, diligências e estafetas. As estafetas, nome porque eram conhecidos uns pesados e avantajados carroções cobertos de lona (...), faziam recovagem entre vários pontos da província e, de quando em vez, transportavam um ou outro passageiro que tivesse coragem e resistência para suportar tais jornadas. Estes carroções eram puxados por cavalos e traziam sempre, durante a viagem, atrelado na traseira do carro um cão de guarda com coleira de picos compridos e acerados, isto, já se vê, para o que desse e viesse...É que os tempos eram outros...
Do lado esquerdo, existiam os Restaurantes Monteiro e o Adriano, que teve a sua fama, e os Cafés Madrid e Lisbonense. Este Café foi um dos mais frequentados da época, não porque fosse luxuoso, como actualmente os há, mas por nele se realizarem, principalmente no inverno, excelentes e apreciadíssimos concertos de boa música, executados por artistas de real merecimento. (...)
A rua em referência, depois das modificações a que foi sujeita [na realidade foi construído um arruamento novo], foi integrada na Rua de Sá da Bandeira, e à parte da citada rua, entre as Ruas do Bonjardim e de D. Pedro [que já não existe nem existia à escrita destas linhas], foi dado o nome de Sampaio Bruno (...)
Existiu, no ângulo direito das ruas do Bonjardim e Sá da Bandeira uma fonte, que foi demolida, tendo-se construído no local uma marquise envidraçada, que ainda lá está.
E fico por aqui.
Comunicação de: Velho tripeiro - F.M.N.J. - Porto

Nesse troço, no nº 13, residiu Manuel Fernandes Tomás, fundador do Sinédrio, em 1817, considerado o motor do movimento de 24 de Agosto de 1820 que resultou na Revolução do Porto.
 
 
Troço entre a Rua de Sampaio Bruno e a Praça de D. João I
 
Aqui encontram o Restaurante "REGALEIRA", onde terá sido iniciada a produção das célebres "Francesinhas", que já rivalizam com as "Tripas à Moda do Porto", na crescente procura pelos turistas, de pratos tradicionais desta cidade. 
 
Praça D. João I
 
 
O Pátio do Bonjardim
 

 
Fechado ao público, vá lá saber-se porquê. Ali funcionou um parque de estacionamento. 
 
 
Rua Rodrigues Sampaio
 
(Edifício da Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto)
 
Chamava-se Rua do Paraíso porque, nos início do século XVIII, corria ao longo de uma quinta com a mesma designação que pertencia à influente e próspera família Huet Bacelar.


Nas pesquisas que fez para a sua obra já acima referida, Cunha e Freitas diz que esta artéria teve várias designações e cita-as " … ao Paraíso e Rua do Paraíso, em 1723; Lugar do Paraíso e Viela do Paraíso, em 1724".
E , em anos posteriores, encontrou mais estas referências "… Viela do Mendes, na Rua do Paraíso (1772); Rua do Paraíso, acima da Viela do Tintureiro, defronte da Cancela Velha (1767); Rua do Paraíso, defronte do pardieiro; e Rua defronte do Pátio do Paraíso (1772)". Esclareça-se, entretanto, que ainda existe na toponímia da cidade o Pátio do Paraíso (?) que fica nas traseiras do Palácio Atlântico, na Praça de D. João I.
Travessa de Liceiras 


O topónimo Liceiras é muito antigo. Segundo refere Cunha e Freitas, na sua "Toponímia Portuense", vem referido numa doação de 1457 e aparece posteriormente mencionado como "aldeia" em documentos de 1662 e 1724. A João Carneiro, um dos mais ricos e influentes cidadãos do Porto do seu tempo, pertencia, no século XV, o Campo de Liceiras. Ao rio de Liceiras há referências em registos paroquiais de Santo Ildefonso, nos anos de 1783 e 1806. O topónimo subsiste, na actualidade, na Travessa de Liceiras que em tempos mais recuados, se chamou Travessa da Sampaia.



O Bacalhau e o Pretinho do Japão
(dois estabelecimentos de mercearia fina)
 
 
Rua de Fonseca Cardoso (Antiga Rua de Fradelos) 
(Por este postal pode-se ter uma ideia de como eram os arrebaldes do Porto naquela época) 
 
A CAPELA DE FRADELOS
 
"...A que hoje chamamos de FRADELOS, e cujo significado é o mesmo que FRADINHOS, fica localizado entre as ruas Guedes de Azevedo, Sá da Bandeira e Gonçalo Cristóvão. Historicamente, data do século XIII; mais propriamente ao ano de (1283), a mais antiga referência a este lugar. Trata-se da doação de uma herdade, feita ao Cabido por um tal " Pero Soeyro "e na qual por ocasião do aniversário da morte do doador, o Cabido se comprometia à execução de determinadas cerimonias religiosas. Naquela época, FRADELOS, então considerado como um arrabalde do Porto, era um lugar muito acidentado e pedregoso, repleto de terras férteis por entre as quais corria um pequeno ribeiro, o chamado RIo de Fradelos, que ia desaguar um pouco mais à frente, no Rio da Vila, junto da Porta dos Carros, ou seja, na actual Praça de Almeida Garret…"
 
 
 Largo Dr. Tito Fontes

(Antigo Largo do Bonjardim)
Local com grandes tradições na luta das classes operárias.
 
"O sítio onde se realizavam os maiores comícios operários desses tempos era no actual Largo do Dr. Tito Fontes por ser, para a época, o mais amplo logradouro que havia na cidade para esse tipo de manifestações. As reuniões públicas em que participavam os associados das instituições operárias da altura faziam-se num velho edifício situado na esquina da Rua de Gonçalo Cristóvão e do actual Largo do Dr. Tito Fontes. Defronte ficava outra casa célebre a sede da Laboriosa (está agora em ruínas) em cujo salão se realizaram importantes e agitadas reuniões operárias. Dionísio Ferreira dos Santos Silva, antigo operário chapeleiro, estreitamente ligado aos movimentos republicanos (seria um dos participantes na revolta de 31 de Janeiro de 1891) e mutualistas, com a sua palavra fácil e convincente interveio em inúmeros comícios e reuniões especialmente nos da classe a que pertencia."

 





Associada aos primeiros passos do movimento operário portuense, anda a Imprensa operária que surge para sustentar, apoiar e defender os interesses da classe e a doutrina mutualista que lhe andava associada. Em 1875, apareceu nas imediações da Fontinha, mais concretamente na Rua do Bonjardim, nas proximidades do actual Largo de Tito Fontes, o "Jornal Artístico Social", de que eram redactores os irmãos Abreu, Bernardino e Eduardo Gonçalves, pertencentes, os três, ao quadro redactorial de "O Primeiro de Janeiro".
 
É neste Largo  que se encontra-se sedeada a Junta de Freguesia de Santo Ildefonso.

Raúl Dória
Busto removido do antigo “Palácio das Lousas”  (Rua de Gonçalo Cristóvão)– Escola Raúl Dória. Área  actualmente ocupada pelo Jornal de Notícias.
 
Palácio das Lousas 
 


"Edifício num espaçoso jardim gradeado, com busto de bronze. Através do gradeamento via-se o Palacete das Lousas onde havia uma escola comercial que formava bons profissionais “guarda-livros”, hoje técnicos de contas. Era uma escola privada fundada e dirigida por Raúl Dória - (Blog - Monumentos Desaparecidos).

 

Rua de Gonçalo Cristóvão

Tem este nome desde 1838



 

Gonçalo Cristóvão Teixeira Coelho de Melo Pinto da Mesquita, senhor de Teixeira e de Cergude, e da Quinta de Santo António do Bonjardim, planeou em 1831, iniciar a urbanização desta sua vasta e bela propriedade, então às portas da cidade. Para isso e com parecer favorável do Corregedor, de 19 de Janeiro de 1832, alcançou uma Provisão, em 8 de Fevereiro seguinte, para ceder parte desses terrenos à Câmara. Mas só por escritura de 31 de Dezembro de 1838 se efectivou esta cessão abrindo-se no ano seguinte de 1839 três artérias: a Rua Nova do Duque do Porto, hoje Rua de João das Regras, a de Camões e a de Gonçalo Cristóvão. Esta que faria a ligação entre as ruas de Santa Catarina e do Bonjardim com o Campo de Santo Ovídio actual Praça da República, dizem-no que recebe o nome do doador por expressa imposição deste. Nos terrenos marginais das três artérias subemprazou depois seu filho e sucessor José António Teixeira Coelho de Melo Pinto da Mesquita, chãos para edificar, o que se fez rapidamente, com o consentimento do senhorio directo que era o Cabido da Sé do Porto. Uma planta desenhada por Costa Lima, em 1838, aponta a Rua de Gonçalo Cristóvão sem alcançar ainda a do Bonjardim; outra, do ano seguinte, já a mostra ligando esta no actual Largo do Dr. Tito Fontes. A continuação até à Rua de Santa Catarina fez-se só mais tarde, não figurando ainda na planta de Perry Vidal, de 1844


Pode-se dizer que a Rua do Bonjardim esteve dividida em duas partes. O troço entre a Rua de Sá da Bandeira e a Rua Gonçalo Cristóvão, de grande influência comercial (a Rua do Bonjardim tinha até há pouco tempo 304 empresas registadas). Da Rua de Gonçalo Cristóvão à Praça do Marquês do Pombal, de grande predominância industrial e residencial (antigamente esta zona era designada por Bairro Alto).
 
Aqui terá nascido, por graça e obra de Júlio Cardoso, António Reis e Estrela de Novais,  o Grupo de Teatro " SEIVA TRUPE"
 
Ao longe o Quartel General - Praça da República
 
"...Rua Dr. João das Regras (Antiga Rua do Duque do Porto) - João das Regras (ou, como então surge referenciado nas crónicas, João das Regas), jurisconsulto, nascido em data desconhecida em Lisboa, onde faleceu em 3 de Maio de 1404. Filho de João Afonso das Regras e de Sentil Esteves e, após o segundo casamento da sua mãe, enteado de Álvaro Pais, perpetuou o seu nome em virtude da magistral representação da causa do mestre de Avis nas cortes de Coimbra de 1385, cujo corolário foi a aclamação de D. João I como rei de Portugal."
 
 
Rua das Musas
Um dos acessos ao Bairro da Fontinha

Pregueiros da Rua das Musas
O sítio da Fontinha, chamemos-lhe assim, nasce junto a Fradelos e morre, lá no alto, na Rua da Fábrica Social. Fica-lhe pelo dorso torcicolado as Carvalheiras,
essa maravilha humilde de serventia citadina; e a Rua das Musas - na sua graça poética de legenda toponímia.
Trata-se de um dos mais típicos e generosos aglomerados populacionais tripeiros de índole tipicamente operária, cuja verdadeira história está ainda por fazer.

Com efeito, foi por estas bandas que, no surto associativo dos anos 70-80, do século XIX, se deram os passos mais decisivos do movimento operário portuense - um período e um sítio acerca dos quais muito pouco ou nada se tem dito.

É para tentar ajudar à reconstituição histórica do movimento operário portuense que aqui se evocam apenas alguns dos mais significativos acontecimentos que tiveram por palco o Bairro da Fontinha ou as suas redondezas
.


Bairro Leal



"

"Em 1876, paredes-meias com a sede da Associação dos Trabalhadores, citada na peça ao lado, funda-se, também, no Largo da Fontinha, a Cooperativa de Tecidos em que congregam os trabalhadores do sector têxtil. Mas a mais famosa actividade desta zona foi, sem dúvida, a indústria do fabrico manual de pregos de ferro forjado, disseminada por inúmeras oficinas instaladas na Rua das Musas, no Alto da Fontinha e em terrenos onde, posteriormente, viria a ser construído o hoje tão falado (pelos piores motivos) Bairro do Leal. A 12 de Maio de 1876, os pregueiros das oficinas das Musas e da Fontinha deram início uma greve exigindo aumentos salariais. Este movimento grevista coincidiu com a inauguração, na Rua dos Bragas, da Companhia Aurifícia, uma unidade industrial moderna, apetrechada com a mais moderna maquinaria que na época existia para o fabrico de pregos a partir do arame. Estes dois acontecimentos estiveram na origem da extinção da velha indústria artesanal do fabrico de pregos de ferro forjado   
Rua do Paraíso

(Antiga Travessa da Senhora da Lapa)
 
 - "É obra do nosso conhecido João de Almada e Melo que no seu plano de melhoramentos para a cidade, de 1784, fez constar o seguinte "… e assentou-se que se continuasse a abrir na largura de 30 palmos, a travessa de comunicação entre a Estrada do Bonjardim e o Bairro da Lapa, em linha recta da sua abertura, que já se acha feita defronte do chafariz da Vila Parda…" Inicialmente, esta artéria teve a designação de Travessa da Senhora da Lapa".
 
Fonte de Vila Parda
"O chafariz da Vila Parda remonta ao séc. XVI, apesar de não se saber a data precisa da construção deste chafariz, sabe-se que já existia em 1597, aquando o pedreiro Martins Brás arrematou os consertos deste chafariz e o de Santo Ovídio, em 2 de Janeiro desse ano.
Segundo Baltasar Guedes, este chafariz já era uma obra muito antiga, e mudou para a rua do Bomjardim cerca de quarenta anos antes da data da sua Memória, localizando-se junto à nascente que o abastecia. O mesmo autor continua, dizendo que a origem do nome “Vila Parda” remete para uma estalagem com o mesmo nome, que se localizava perto do chafariz.
O documento intitulado Mappa das Fontes publicas naõ fornecidas pelo Aqueducto de Paranhos e do Campo grande, com algumas observações Históricas, de 1835, revela que em 1822, esta água era escassa, pelo que foi feita uma vistoria em 18 de Janeiro desse ano, e descobriu-se que havia pouco cuidado com a manutenção das canalizações, que eram de louça. E no ano da redacção do documento, a água continuava a jorrar em pouca quantidade. Mas em 1866, a água já corria abundante e com uma excelente qualidade.
A fonte é constituída por um tanque semicircular e um espaldar rectangular, com duas pilastras nas extremidades. Na parte superior tem uma lápide com o nome da fonte e por baixo ostenta a data de 1859. É arrematado por uma urna e a água jorra por duas bicas".
 

Bial
(Actuais instalações do Colégio Ribadouro)

Casa "António Pereira da Silva"


E chegamos à Praça do Marquês do Pombal (Antigo Largo da Aguardente)
 
 

A Fonte, que já foi LUMINOSA, isto quando se encontrava na Praça D. João I
 
 Biblioteca Pedro Ivo
 
 Igreja de Nossa Senhora da Conceição
 
O Terço
 
" à saída da Rua do Bonjardim estava o Asilo do Terço, com um espaço ao ar livre, para durante o verão a "malta" ir assistir às sessões de cinema por vinte e cinco tostões onde a ementa forte eram as "coboiadas" texanas; os "espadachins" as aventura do Tarzan com a Jenny e a macaca Cheta. Junto às bilheteiras os catraios e os já "piçudos", tesos, na chulice a pedir uma corôa aos que compravam bilhete para adquirir os seus. A generosidade do tripeiro não tinha medida" (delicioso trecho retirado de Porto Tripeiro) .
 
Como já devem ter notado esta também é a minha Rua do Bonjardim, onde residi pelos menos durante 19 anos, entre o troço das Ruas das Musas e a Rua de Olivença.
 
Tanta gente de que me recordo com saudade, mas não queria deixar de referir uma das muitas famílias marcantes daquela zona, a FAMÍLIA TIMÓTEO. O mais novo, um pouco mais velho que eu, fez carreira como fotógrafo no JN, do qual se reformou recentemente. O pai deste, Fernando Timóteo, com Salão Fotográfico na Rua do Bonjardim, muito próximo ao cruzamento com a Rua de Gonçalo Cristóvão, foi fotógrafo "afamado", correspondente do Jornal "A Bola" e colaborador do Jornal do FCP. Quanto ao "velho" Timóteo, tinha um estabelecimento comercial nesta Rua, uma Retrosaria, e a ideia que tenho dele é que era ateu e anarquista, e não fazia segredo disso. Reconheço que naquela época não era fácil ter essa "tendência".
 
Oportunamente acrescentarei outros elementos a esta mensagem.
 
(A maioria das fotos e textos é de minha autoria (amaia) e ainda textos de A. Magalhães Basto, Germano Silva; postais de Porto Tripeiro, Monumentos Desaparecidos e Porto Desaparecido).
 
AMAIA










 



 

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

1- Ribeira "desaparecida"

Graças a um amigo faceboquiano (Manuel de Sousa), tive acesso a inúmeros documentos/fotos do Porto já desaparecido, que irei, através do meu blog partilhar convosco.
 
 
 
1- RIBEIRA DESAPARECIDA
 



Foto: Na Ribeira. (MA)

 
 

 
 
 
Como devem ter já reparado o edifício que se encontra enquadrado com a Ponte de D. Luíz (1ª imagem e do lado esquerdo da ponte na 2ª), já não existe.
Terá sido demolido aquando das "trágicas cheias de 1909".

(Nesta foto também é visível o "antigo" elevador dos Guindais)
 
 
 
 
Reparem no edifício.
 
 
 
Será esse o mesmo edifício que foi "retratado" aquando da "Tragédia da Ponte das Barcas" ?
 
 
 
 
 

terça-feira, 6 de novembro de 2012

O jardim de um dos mais belos edifícios da Rua de Costa Cabral, Porto


Primeira publicação


Jardim

No decorrer de uma aula de fotografia digital (12-10-2012) coube-me em sorte fotografar uma das muitas interessantes áreas de um dos mais belos edifícios da Rua de Costa Cabral.
Esta foto, ainda por "tratar", foi tirada com uma máquina fotográfica da marca Nikon  modelo P500.