Hoje vou dar a conhecer uma das ruas mais antigas da cidade do Porto.
Rua do Bonjardim- Troço da Antiga Estrada de Guimarães
"da Porta de Carros ao Largo da Aguardente".
No seu percurso cruza-se com Ruas, Pátios, Praças, Largos e Travessas, tais como: Rua de Sá da Bandeira; Rua de Sampaio Bruno (Antiga Travessa de Sá da Bandeira); Rua de Magalhães Lemos (que nasceu do plano de urbanização do Bairro do Laranjal); Praça de D. João I; Rua de Rodrigues Sampaio (Antiga Rua do Paraíso); Pátio do Bonjardim; Travessa do Bonjardim (Antiga Viela dos Tintureiros); Rua de Guilherme da Costa Carvalho (Antiga Cancela Velha); Rua Formosa (Antiga Viela da Fonte da Neta); Rua do Estevão; Travessa das Liceiras; Rua de Fernandes Tomás; Rua do Alferes Malheiro (Antiga Rua de Liceiras); Rua Guedes de Azevedo (Antiga Rua de Fradelos); Largo Dr. Tito Fontes (Antigo Largo do Bonjardim); Travessa do Alferes Malheiro; Rua de Gonçalo Cristóvão; Rua de Raúl Dória (Antiga Travessa das Musas, Antiga Viela das Musas e Antigo Beco das Musas); Rua Dr. João das Regras (Antiga Rua do Duque do Porto); Rua das Musas (já existia em 1777, com o nome de Monte da Musa "acima de Fradelos"); Rua do Bairro Leal; Rua de Olivença; Rua do Paraíso (Antiga Travessa da Senhora da Lapa); Rua de Santa Helena; Rua de João de Oliveira Ramos; Rua de João Pedro Ribeiro e por fim a Praça do Marquês do Pombal (Antigo Largo da Aguardente).
O Bonjardim
"...O Bonjardim é um velhos toponómios
portuenses que recordam a paisagem rústica às portas da cidade, em tempos ainda
agora não muito recuados. O "lugar do Bonjardim, em
Liceiras", vem mencionado no testamento do bispo D. Vicente Mendes, em
1296. Passou à posse do Cabido, que em 1427 o emprazou ao arcediago do Porto,
Diogo Anes..."
"... Com a designação de quinta foi depois um vínculo da família Pereira Pinto; de um dos administradores, Gonçalo Cristóvão Teixeira Coelho de Melo Pinto de Mesquita, vem o nome da actual Rua de Gonçalo Cristóvão..."
Casa e quinta estão referenciadas na planta do
Bairro dos Laranjais, de cerca de 1760, e na de Balck, de 1813. Situava-se no
troço superior da rua.
Ao Largo que forma a Rua do Bonjardim ao chegar à de
Gonçalo Cristóvão, chama-se hoje do Dr. Tito Fontes, em homenagem a um médico
ilustre, que toda a cidade conheceu e respeitou.
Para terminar é preciso dizer que a estreita e
tortuosa artéria de que nos ocupamos, era a primitiva estrada, se não romana,
pelo menos medieval, que saindo do Porto pelo postigo, depois Porta de Carros,
levava, pela Aguardente (Praça do Marquês do Pombal) e Cruz das Regateiras
(Hospital do Conde Ferreira), a Guimarães e outros lugares além.
Antes da abertura do primeiro troço de Sá da
Bandeira, começava frente àquela Porta, junto da Igreja dos Congregados.
E diremos ainda que a actual Travessa do Bonjardim
era a antiga Viela dos Tintureiros – naturalmente porque em algum tempo nela
arrariam os deste ofício."
(toponímia portuense – Eugénio Andrea da Cunha e
Freitas)
Era aqui que iniciava a Rua do Bonjardim (desde 1842 que faz parte da Rua de Sá da Bandeira, )
"(...)Os prédios que
faziam parte da referida rua eram, na sua maioria ocupados por cafés,
restaurantes e hotéis. Do lado direito haviam os cafés Portuense, Braga e
Moreira, o Novo Hotel Portuense e o Hotel Real. Este era no local onde hoje
[1948] está instalado o Peninsular Hotel.
Em tempos idos, já bastante recuados, à porta do Hotel Real faziam estação os
almocreves, diligências e estafetas. As estafetas, nome porque eram conhecidos
uns pesados e avantajados carroções cobertos de lona (...), faziam recovagem
entre vários pontos da província e, de quando em vez, transportavam um ou outro
passageiro que tivesse coragem e resistência para suportar tais jornadas. Estes
carroções eram puxados por cavalos e traziam sempre, durante a viagem, atrelado
na traseira do carro um cão de guarda com coleira de picos compridos e
acerados, isto, já se vê, para o que desse e viesse...É que os tempos eram
outros...
Do lado esquerdo, existiam os Restaurantes Monteiro e o Adriano, que teve a sua
fama, e os Cafés Madrid e Lisbonense. Este Café foi um dos mais frequentados da
época, não porque fosse luxuoso, como actualmente os há, mas por nele se
realizarem, principalmente no inverno, excelentes e apreciadíssimos concertos
de boa música, executados por artistas de real merecimento. (...)
A rua em referência, depois das modificações a que foi sujeita [na realidade
foi construído um arruamento novo], foi integrada na Rua de Sá da Bandeira, e à
parte da citada rua, entre as Ruas do Bonjardim e de D. Pedro [que já não
existe nem existia à escrita destas linhas], foi dado o nome de Sampaio Bruno
(...)
Existiu, no ângulo direito das ruas do Bonjardim e Sá da Bandeira uma fonte,
que foi demolida, tendo-se construído no local uma marquise envidraçada,
que ainda lá está.
E fico por aqui.
Comunicação de: Velho tripeiro - F.M.N.J. - Porto
Nesse troço, no nº 13, residiu Manuel Fernandes Tomás, fundador do Sinédrio, em 1817, considerado o motor do movimento de 24 de Agosto de 1820 que resultou na Revolução do Porto.
Troço entre a Rua de Sampaio Bruno e a Praça de D. João I
Aqui encontram o Restaurante "REGALEIRA", onde terá sido iniciada a produção das célebres "Francesinhas", que já rivalizam com as "Tripas à Moda do Porto", na crescente procura pelos turistas, de pratos tradicionais desta cidade.
Praça D. João I
O Pátio do Bonjardim
Fechado ao público, vá lá saber-se porquê. Ali funcionou um parque de estacionamento.
Rua Rodrigues Sampaio
(Edifício da Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto)
Chamava-se Rua do Paraíso porque, nos início do século XVIII, corria ao longo de uma quinta com a mesma designação que pertencia à influente e próspera família Huet Bacelar.
Nas pesquisas que fez para a sua obra já acima referida, Cunha e Freitas diz que esta artéria teve várias designações e cita-as " … ao Paraíso e Rua do Paraíso, em 1723; Lugar do Paraíso e Viela do Paraíso, em 1724".
E , em anos posteriores, encontrou mais estas referências "… Viela do Mendes, na Rua do Paraíso (1772); Rua do Paraíso, acima da Viela do Tintureiro, defronte da Cancela Velha (1767); Rua do Paraíso, defronte do pardieiro; e Rua defronte do Pátio do Paraíso (1772)". Esclareça-se, entretanto, que ainda existe na toponímia da cidade o Pátio do Paraíso (?) que fica nas traseiras do Palácio Atlântico, na Praça de D. João I.
Travessa de Liceiras
O topónimo Liceiras é muito antigo. Segundo refere Cunha e Freitas, na sua "Toponímia Portuense", vem referido numa doação de 1457 e aparece posteriormente mencionado como "aldeia" em documentos de 1662 e 1724. A João Carneiro, um dos mais ricos e influentes cidadãos do Porto do seu tempo, pertencia, no século XV, o Campo de Liceiras. Ao rio de Liceiras há referências em registos paroquiais de Santo Ildefonso, nos anos de 1783 e 1806. O topónimo subsiste, na actualidade, na Travessa de Liceiras que em tempos mais recuados, se chamou Travessa da Sampaia.
O Bacalhau e o Pretinho do Japão
(dois estabelecimentos de mercearia fina)
Rua de Fonseca Cardoso (Antiga Rua de Fradelos)
(Por este postal pode-se ter uma ideia de como eram os arrebaldes do Porto naquela época)
A CAPELA DE FRADELOS
"...A que hoje chamamos de FRADELOS, e cujo significado
é o mesmo que FRADINHOS, fica localizado entre as ruas Guedes de Azevedo, Sá da
Bandeira e Gonçalo Cristóvão. Historicamente, data do século XIII; mais
propriamente ao ano de (1283), a mais antiga referência a este lugar. Trata-se
da doação de uma herdade, feita ao Cabido por um tal " Pero Soeyro "e
na qual por ocasião do aniversário da morte do doador, o Cabido se comprometia
à execução de determinadas cerimonias religiosas. Naquela época, FRADELOS,
então considerado como um arrabalde do Porto, era um lugar muito acidentado e
pedregoso, repleto de terras férteis por entre as quais corria um pequeno
ribeiro, o chamado RIo de Fradelos, que ia desaguar um pouco mais à frente, no
Rio da Vila, junto da Porta dos Carros, ou seja, na actual Praça de Almeida
Garret…"
Largo Dr. Tito Fontes
(Antigo Largo do Bonjardim)
Local com grandes tradições na luta das classes operárias.
"O sítio onde se realizavam os
maiores comícios operários desses tempos era no actual Largo do Dr. Tito Fontes
por ser, para a época, o mais amplo logradouro que havia na cidade para esse
tipo de manifestações. As reuniões públicas em que participavam os associados
das instituições operárias da altura faziam-se num velho edifício situado na esquina
da Rua de Gonçalo Cristóvão e do actual Largo do Dr. Tito Fontes. Defronte
ficava outra casa célebre a sede da Laboriosa (está agora em ruínas) em cujo
salão se realizaram importantes e agitadas reuniões operárias. Dionísio
Ferreira dos Santos Silva, antigo operário chapeleiro, estreitamente ligado aos
movimentos republicanos (seria um dos participantes na revolta de 31 de Janeiro
de 1891) e mutualistas, com a sua palavra fácil e convincente interveio em
inúmeros comícios e reuniões especialmente nos da classe a que pertencia."
Associada aos primeiros passos do movimento operário portuense, anda a Imprensa operária que surge para sustentar, apoiar e defender os interesses da classe e a doutrina mutualista que lhe andava associada. Em 1875, apareceu nas imediações da Fontinha, mais concretamente na Rua do Bonjardim, nas proximidades do actual Largo de Tito Fontes, o "Jornal Artístico Social", de que eram redactores os irmãos Abreu, Bernardino e Eduardo Gonçalves, pertencentes, os três, ao quadro redactorial de "O Primeiro de Janeiro".
É neste Largo que se encontra-se sedeada a Junta de Freguesia de Santo Ildefonso.
Raúl Dória
Busto removido do antigo “Palácio das Lousas” (Rua de Gonçalo Cristóvão)– Escola Raúl
Dória. Área actualmente
ocupada pelo Jornal de Notícias.
Palácio das Lousas
"Edifício num espaçoso jardim gradeado, com busto de bronze. Através do gradeamento via-se o Palacete das Lousas onde havia uma escola comercial que formava bons profissionais “guarda-livros”, hoje técnicos de contas. Era uma escola privada fundada e dirigida por Raúl Dória - (Blog - Monumentos Desaparecidos).
Rua de Gonçalo Cristóvão
Tem este nome desde 1838
Gonçalo Cristóvão Teixeira Coelho de Melo Pinto da
Mesquita, senhor de Teixeira e de Cergude, e da Quinta de Santo António do
Bonjardim, planeou em 1831, iniciar a urbanização desta sua vasta e bela
propriedade, então às portas da cidade. Para isso e com parecer favorável do
Corregedor, de 19 de Janeiro de 1832, alcançou uma Provisão, em 8 de Fevereiro
seguinte, para ceder parte desses terrenos à Câmara. Mas só por escritura de 31
de Dezembro de 1838 se efectivou esta cessão abrindo-se no ano seguinte de
1839 três artérias: a Rua Nova do Duque do Porto, hoje Rua de João das Regras,
a de Camões e a de Gonçalo Cristóvão. Esta que faria a ligação entre as ruas de
Santa Catarina e do Bonjardim com o Campo de Santo Ovídio actual Praça
da República, dizem-no que recebe o nome do doador por expressa imposição
deste. Nos terrenos marginais das três artérias subemprazou depois seu filho e
sucessor José António Teixeira Coelho de Melo Pinto da Mesquita, chãos para
edificar, o que se fez rapidamente, com o consentimento do senhorio directo que
era o Cabido da Sé do Porto. Uma planta desenhada por Costa Lima, em 1838,
aponta a Rua de Gonçalo Cristóvão sem alcançar ainda a do Bonjardim; outra, do
ano seguinte, já a mostra ligando esta no actual Largo do Dr. Tito Fontes. A continuação
até à Rua de Santa Catarina fez-se só mais tarde, não figurando ainda na planta
de Perry Vidal, de 1844
Pode-se dizer que a Rua do Bonjardim esteve dividida em duas partes. O troço entre a Rua de Sá da Bandeira e a Rua Gonçalo Cristóvão, de grande influência comercial (a Rua do Bonjardim tinha até há pouco tempo 304 empresas registadas). Da Rua de Gonçalo Cristóvão à Praça do Marquês do Pombal, de grande predominância industrial e residencial (antigamente esta zona era designada por Bairro Alto).
Aqui terá nascido, por graça e obra de Júlio Cardoso, António Reis e Estrela de Novais, o Grupo de Teatro " SEIVA TRUPE"
Ao longe o Quartel General - Praça da República
"...Rua Dr. João das Regras (Antiga Rua do Duque do Porto) - João
das Regras (ou, como então surge referenciado nas crónicas, João das Regas), jurisconsulto,
nascido em data desconhecida em Lisboa, onde faleceu em 3 de Maio de 1404.
Filho de João Afonso das Regras e de Sentil Esteves e, após o segundo casamento da sua mãe, enteado de
Álvaro Pais, perpetuou o seu nome em
virtude da magistral representação da causa do mestre de Avis nas cortes de
Coimbra de 1385, cujo corolário foi a aclamação de D. João I como rei de
Portugal."
Rua das Musas
Um dos acessos ao Bairro da Fontinha
Pregueiros
da Rua das Musas
O sítio da Fontinha, chamemos-lhe assim, nasce junto a Fradelos e morre,
lá no alto, na Rua da Fábrica Social. Fica-lhe pelo dorso torcicolado as
Carvalheiras,
essa maravilha humilde de serventia citadina; e a Rua das Musas -
na sua graça poética de legenda toponímia.
Trata-se de um dos mais típicos e generosos aglomerados populacionais tripeiros de índole tipicamente operária, cuja verdadeira história está ainda por fazer.
Com efeito, foi por estas bandas que, no surto associativo dos anos 70-80, do século XIX, se deram os passos mais decisivos do movimento operário portuense - um período e um sítio acerca dos quais muito pouco ou nada se tem dito.
É para tentar ajudar à reconstituição histórica do movimento operário portuense que aqui se evocam apenas alguns dos mais significativos acontecimentos que tiveram por palco o Bairro da Fontinha ou as suas redondezas.
Trata-se de um dos mais típicos e generosos aglomerados populacionais tripeiros de índole tipicamente operária, cuja verdadeira história está ainda por fazer.
Com efeito, foi por estas bandas que, no surto associativo dos anos 70-80, do século XIX, se deram os passos mais decisivos do movimento operário portuense - um período e um sítio acerca dos quais muito pouco ou nada se tem dito.
É para tentar ajudar à reconstituição histórica do movimento operário portuense que aqui se evocam apenas alguns dos mais significativos acontecimentos que tiveram por palco o Bairro da Fontinha ou as suas redondezas.
Bairro Leal
"Em 1876, paredes-meias com a
sede da Associação dos Trabalhadores, citada na peça ao lado, funda-se, também,
no Largo da Fontinha, a Cooperativa de Tecidos em que congregam os
trabalhadores do sector têxtil. Mas a mais famosa actividade desta zona foi,
sem dúvida, a indústria do fabrico manual de pregos de ferro forjado, disseminada
por inúmeras oficinas instaladas na Rua das Musas, no Alto da Fontinha e em
terrenos onde, posteriormente, viria a ser construído o hoje tão falado (pelos
piores motivos) Bairro do Leal. A 12 de Maio de 1876, os pregueiros das
oficinas das Musas e da Fontinha deram início uma greve exigindo aumentos
salariais. Este movimento grevista coincidiu com a inauguração, na Rua dos
Bragas, da Companhia Aurifícia, uma unidade industrial moderna, apetrechada com
a mais moderna maquinaria que na época existia para o fabrico de pregos a
partir do arame. Estes dois acontecimentos estiveram na origem da extinção da
velha indústria artesanal do fabrico de pregos de ferro forjado
Rua do Paraíso
(Antiga Travessa da Senhora da Lapa)
- "É
obra do nosso conhecido João de Almada e Melo que no seu plano de melhoramentos
para a cidade, de 1784, fez constar o seguinte "… e assentou-se que se
continuasse a abrir na largura de 30 palmos, a travessa de comunicação entre a
Estrada do Bonjardim e o Bairro da Lapa, em linha recta da sua abertura, que já
se acha feita defronte do chafariz da Vila Parda…" Inicialmente, esta
artéria teve a designação de Travessa
da Senhora da Lapa".(Antiga Travessa da Senhora da Lapa)
Fonte de Vila Parda
"O chafariz da Vila Parda remonta ao séc. XVI, apesar de não
se saber a data precisa da construção deste chafariz, sabe-se que já existia em
1597, aquando o pedreiro Martins Brás arrematou os consertos deste chafariz e o
de Santo Ovídio, em 2 de Janeiro desse ano.
Segundo Baltasar Guedes, este chafariz já era uma obra muito
antiga, e mudou para a rua do Bomjardim cerca de quarenta anos antes da data da
sua Memória, localizando-se junto à nascente que o
abastecia. O mesmo autor continua, dizendo que a origem do nome “Vila Parda” remete para uma estalagem com o mesmo
nome, que se localizava perto do chafariz.
O documento intitulado Mappa das Fontes publicas naõ fornecidas pelo Aqueducto de Paranhos e do Campo grande, com algumas observações Históricas, de
1835, revela que em 1822, esta água era escassa, pelo que foi feita uma
vistoria em 18 de Janeiro desse ano, e descobriu-se que havia pouco cuidado com
a manutenção das canalizações, que eram de louça. E no ano da redacção do
documento, a água continuava a jorrar em pouca quantidade. Mas em 1866, a água
já corria abundante e com uma excelente qualidade.
A fonte é constituída por um tanque semicircular e um
espaldar rectangular, com
duas pilastras nas extremidades. Na parte superior tem uma lápide com o nome da
fonte e por baixo ostenta a data de 1859. É arrematado por uma urna e a água
jorra por duas bicas".
Bial
(Actuais instalações do Colégio Ribadouro)
Casa "António Pereira da Silva"
E chegamos à Praça do Marquês do Pombal (Antigo Largo da Aguardente)
A Fonte, que já foi LUMINOSA, isto quando se encontrava na Praça D. João I
Biblioteca Pedro Ivo
Igreja de Nossa Senhora da Conceição
O Terço
" à saída da Rua do Bonjardim estava o Asilo do Terço, com um espaço ao ar livre, para durante o verão a "malta" ir assistir às sessões de cinema por vinte e cinco tostões onde a ementa forte eram as "coboiadas" texanas; os "espadachins" as aventura do Tarzan com a Jenny e a macaca Cheta. Junto às bilheteiras os catraios e os já "piçudos", tesos, na chulice a pedir uma corôa aos que compravam bilhete para adquirir os seus. A generosidade do tripeiro não tinha medida" (delicioso trecho retirado de Porto Tripeiro)
.
Como já devem ter notado esta também é a minha Rua do Bonjardim, onde residi pelos menos durante 19 anos, entre o troço das Ruas das Musas e a Rua de Olivença.
Tanta gente de que me recordo com saudade, mas não queria deixar de referir uma das muitas famílias marcantes daquela zona, a FAMÍLIA TIMÓTEO. O mais novo, um pouco mais velho que eu, fez carreira como fotógrafo no JN, do qual se reformou recentemente. O pai deste, Fernando Timóteo, com Salão Fotográfico na Rua do Bonjardim, muito próximo ao cruzamento com a Rua de Gonçalo Cristóvão, foi fotógrafo "afamado", correspondente do Jornal "A Bola" e colaborador do Jornal do FCP. Quanto ao "velho" Timóteo, tinha um estabelecimento comercial nesta Rua, uma Retrosaria, e a ideia que tenho dele é que era ateu e anarquista, e não fazia segredo disso. Reconheço que naquela época não era fácil ter essa "tendência".
Oportunamente acrescentarei outros elementos a esta mensagem.
(A maioria das fotos e textos é de minha autoria (amaia) e ainda textos de A. Magalhães Basto, Germano Silva; postais de Porto Tripeiro, Monumentos Desaparecidos e Porto Desaparecido).
AMAIA
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