segunda-feira, 11 de novembro de 2013

O Castelo de Tomar


Integrando um grupo de aposentados do meu sindicato, visitei no passado dia 2 de Novembro, o Castelo de Tomar bem como o Convento de Cristo.
Hoje vou-me debruçar sobre a História do Castelo de Tomar e posteriormente publicarei um outro artigo exclusivamente sobre o Convento de Cristo.


O Castelo de Tomar
 
 
O Castelo de Tomar, no Ribatejo, localiza-se na freguesia de São João Baptista, na cidade e concelho de Tomar, distrito de Santarém, em Portugal.
Castelo templário na margem direita do rio Nabão, integrou, à época da Reconquista, a chamada Linha do Tejo, juntamente com outros na região que lhe acompanham o estilo: os de Almourol, Idanha, Monsanto, Pombal e Zêzere.
Afirmando-se imperativa a operação de uma fortificação destinada a complementar a linha defensiva do acesso por Santarém à então capital, Coimbra, ao fim de um ano no arruinado Castelo de Cera, o Mestre da Ordem dos Templários em Portugal, D. Gualdim Pais, filho de Paio Ramires, decidiu-se pela construção de um novo castelo, em local mais adequado, e que viria a tornar-se a sede da Ordem no país.
Não se sabe com certeza qual a razão que levou à opção por Tomar, em lugar da reforma do castelo de Cera. Alguns estudiosos afirmam que o novo sítio, em um outeiro à margem direita do rio Tomar (actual Nabão), dominando uma planície, era estrategicamente mais vantajoso. Outros argumentam que o sítio foi escolhido considerando a sua posição na linha que, em relação ao Meridiano de Paris, forma um ângulo de 34°, comum nos projetos arquitetónicos da Ordem, correspondente à diagonal da relação de 2/3 observada na constelação de Gêmeos, um dos símbolos Templários.
De qualquer modo, a construção do Castelo de Tomar iniciou-se em 1 de Março de 1160, conforme inscrição epigráfica em seus muros. Na mesma época, iniciou-se a construção da Charola, posteriormente adaptada a Capela-mor, uma das edificações templárias mais importantes no Ocidente.
Diante do compromisso de promover o povoamento da região, D. Gualdim Pais concedeu o primeiro foral ao termo de Tomar já em 1162, documento posteriormente confirmado em 1174. Em 1165, a Ordem recebeu ainda os domínios de Idanha e de Monsanto, sendo-lhe prometido, em 1169, um terço das terras que viessem a conquistar ao Sul do rio Tejo. No ano seguinte (1170), a chamada Linha do Tejo era reforçada com a construção do Castelo de Almourol.
Duas décadas mais tarde, sob o reinado de D. Sancho I (1185-1211) a contra-ofensiva do Califado Almóada de 1190 sob o comando do califa Abu Yusuf Ya'qub al-Mansur, após reconquistar o Castelo de Silves e o Algarve, avançou para o Norte conquistando, sucessivamente, os castelos de Alcácer do Sal, Palmela e Almada (1190-1191). Transpôs em seguida a Linha do Tejo, cercando Santarém, destruindo Torres Novas e Abrantes até alcançar Tomar, que, sob sucessivos assaltos, resistiu durante seis dias defendida pelos Templários, quebrando o ímpeto do invasor. Nesta ocasião, os mouros forçaram a porta do Sul e penetraram na cerca exterior. A defesa dos Templários foi de tal forma encarniçado que a porta de assalto ficou conhecida como Porta do Sangue.

 
 

 Tomar foi o primeiro castelo em Portugal a ter um alambor. Esta nova técnica para defesa dos castelos foi trazida para o nosso país por D. Gualdim Pais, que a deve ter aprendido enquanto andou a combater na Terra Santa

Alambor (ou Talude), também denominado Jorramento. Reforço da muralha ou dos torreões, na sua parte inferior, de forte inclinação, para manter mais afastados os engenhos de assalto e os próprios assaltantes, tornando-os alvos mais fáceis, ao mesmo tempo que dificultava os trabalhos de sapa e a abordagem da fortaleza. Quando o seu perfil é uma linha quebrada, o talude toma o nome de ressalto.
 















 
 
 
 
(texto da Wikipédia - Castelo de Tomar)
 
 
 




Edifício da Câmara Municipal do Porto - Átrio dos Passos Perdidos


Átrio dos Passos Perdidos

Tem esta designação, dado que é aqui que as pessoas esperavam para serem atendidas e andavam de um lado para o outro.

Podem-se apreciar as pinturas do tecto da autoria de Artur José Gonçalves, estilo romântico, datadas de 1955.
O Brasão da CMP, acompanhado da Nossa Senhora da Vandoma, Santa Padroeira da Cidade
A lenda sobre a imagem de Nossa Senhora da Vandoma remonta ao ano de 982 aquando da reconquista cristã. Pode-se apreciar a imagem da N.S. da Vandoma na Sé do Porto, que para ali foi removida (1855) após ter sido retirada do nicho da porta de entrada da cidade com o seu nome.

Os dois relógios encontram-se sincronizados com o relógio da Torre.
No acesso à escadaria principal, encontram-se duas estátuas em mármore de Carrara, da autoria de “Henrique Moreira”, a Indústria e a “Arte”. A 1ª representada por uma mulher do povo com um xaile e uma roda dentada, a 2ª representada por uma mulher de dorso nu, com a cabeça levemente levantada e uma lira.
Da escultora Maria Alice Costa Pereira, três obras em mármore de Carrara, o “Marítimo” com um remo, a “Peixeira” com uma rodilha e a “Ceifeira” com uma foice.

Brasão da CMP, acompanhado da Nossa Senhora da Vandoma, Santa Padroeira da Cidade.

Acesso à Escadaria Principal



Os dois relógios encontram-se sincronizados com o relógio da Torre (uma em cada topo deste átrio)





A "Indústria" de Henrique Moreira (Mármore de Carrara)
 

A "Arte" de Henrique Moreira (Mármore de Carrara)
 
"A Ceifeira" - de Maria Alice Costa Pereira (Mármore de Carrara)
 
" A Peixeira"- de Maria Alice Costa Pereira (Mármore de Carrara)

O "Marítimo" com um remo - de Maria Alice Costa Pereira (Mármore de Carrara)
 


Porta Principal
 
Lista de ex-Presidentes da CMP

Tecto- pinturas de Artur José Gonçalves

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Sinagoga de Tomar


Sinagoga de Tomar
Raríssimo exemplar dos templos judaicos medievais e da arte pré-renascentista portuguesa, a Sinagoga de Tomar é a única, dessa época, integralmente conservada ainda existente em Portugal. Foi construída em meados do século XV propositadamente para a função religiosa, o que revela a disponibilidade financeira da comunidade judaica aqui residente, a sua pujança e a sua prosperidade
A arquitectura do edifício, simples e com influências orientais (de planta quase quadrangular com abóbadas de arestas assentes em quatro colunas, capitéis decorados com motivos geométricos e vegetalistas e doze mísulas adossadas às paredes), está carregada de simbolismo.

Além da função para que foi edificada, serviu também como escola, assembleia e tribunal da comunidade judaica tomarense. Foi encerrada em 1496, aquando do édito manuelino de expulsão dos Judeus, após o que foi convertida em prisão.

Em 1921, na sequência de uma visita (1920) de membros da Associação de Arqueólogos Portugueses, viria a ser classificada como Monumento Nacional. Em 1923, Samuel Schwarz, um judeu polaco engenheiro de minas chegado a Portugal seis anos antes, adquiriu a Sinagoga de Tomar, recuperando-a do estado de abandono em que se encontrava, e doou-a ao Estado Português (1939) para aí ser instalado um museu: o Museu Luso-Hebraico de Abraão Zacuto.

O patrono do Museu, Abraão Ben Samuel Zacuto (1450-1515), natural de Salamanca, foi astrónomo, matemático, médico e rabi. A sua origem judaica obrigou-o a refugiar-se em Portugal, em 1492, onde o rei D. João II o colocou ao seu serviço. Foi autor das Tábuas Astronómicas, precioso instrumento para o empreendimento das Descobertas. Também D. Manuel I o manteve ao serviço de Portugal até à expulsão dos Judeus (1496).





A primeira Menorah foi feita obedecendo a instruções minuciosas do Eterno.  Na Menorah, há sete braços ao todo: uma haste central, e três braços que saiam de cada lado.
Naturalmente, o fogo e a iluminação sempre tiveram um papel muito importante. Quando o Templo foi destruído, a Menorah tornou-se principal símbolo artístico e decorativo da fé judaica.  A Menorah foi reintroduzida em 1948 (proclamação do Estado de Israel) como símbolo nacional do povo judeu e da identidade de Israel.
Menorah é uma palavra hebraica que indica candeeiro com sete braços, usado no Tabernáculo. Êxodo 25: 31-40; Êxodo 37: 17-24, Zacarias 4: 2-5; Zacarias 10-14.  A luz da “Menorah” simboliza a presença de D’us (no hebraico Shekinah). “Yeshua” (Jesus) é o candeeiro, pois Ele é a luz do mundo. E o número sete indica a perfeição do seu ofício de iluminador. (João 1: 9) “A luz verdadeira que ilumina a todos os homens, estava vindo ao mundo.”
O material que o candeeiro foi feito, o ouro, representa a preciosidade dos símbolos espirituais, bem como a divindade de Yeshua. O azeite que queimava no candeeiro, representa o Espírito Santo e sua unção de consolador. João 16: 7 e também de convencer do pecado, da justiça e do juízo.  João 16: 9-11 Levando o homem a reconhecer a verdade apresentando provas ou argumentos; persuadindo e determinando todas as coisas. Assim deve ser na vida daquele que se aproxima de Deus, deve ter azeite, que representa o Espírito do Senhor e o fogo do mesmo.  Louvado seja o Senhor que nos dá a oportunidade de podermos resgatar-mos estas revelações e entendermos que Deus tem tantas coisas lindas e tremendas a nos mostrar em símbolos.

 











 
Contém a revelação divina, a Lei outorgada a Israel.Torah designa os primeiros cinco livros do Primeiro Testamento, também conhecidos como Pentateuco (da expressão grega para cinco pergaminhos, ou cinco livros de Moisés).Testamento significa “Aliança”.
Nos escritos rabínicos, a Torah é mais do que um código legal. Esse substantivo deriva-se do verbo hebraico “Yarah”, “lançar”, “Atirar uma flecha”, “alvejar”. Mediante associação de idéias, veio a significar: instrução, ensino, apontar para o alvo, estabelecer uma fundação, mandamento e lei.
Durante a formação da Bíblia houve um processo de seleção. Foram incluídos somente aqueles livros que se acreditava terem sido escritos por profetas sob inspiração divina. Apenas os livros selecionados tornaram-se parte do cânone (que significa padrão ou medida). A base para esta seleção foram os cinco primeiro livros chamados de Torah.
A Torá refere-se originalmente a uma instrução particular transmitida ao povo por um porta voz de D’us, como um profeta ou sacerdote. Como esses ensinamentos consistem sobretudo em preceitos, a palavra Torá é muitas vezes traduzida como Lei; e como esses ensinamentos consistem na essência da primeira divisão da Bíblia que compreende: Gêneses, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. Salmos 19:7, Provérbios 7:1; João 14:15; João 15:10.